Capítulo 3 – A batalha contra si mesmo. (Parte 1)


Ziguan explica a todos que o lugar é bem próximo e que podem ir andando, a conversa entre eles começam em vários tons enquanto caminham, muito rapidamente Renata faz amizades com  as outras meninas enquanto Júlio ainda surpreso anda junto a Danilo.
Danilo continua a explicar a situação, pois foi ele o primeiro a acordar a quase 2 horas antes de todos, e explica como foi: ‘Ah eu sai correndo e dei de cara com a mina ali, tomei um tapa pra ficar quieto,’ apontando pra Anexilia  ‘doeu mas acho que ela gostou de mim’.
Julio acaba desacreditado que mesmo neste instante Danilo se mostra interessado por uma mulher. Danilo acena pras meninas, onde olham e balançam a cabeça e continuam a sorrir.
Sílvio estava seguindo Ziguan de perto, conversando de como era o lugar que iram passar, e ele diz - ‘o problema não é o que tem lá, é como nos comportamos dentro’
Sílvio pergunta o que seria isso, e a resposta é a seguinte, o lugar faz com você o que você fizer com ele, que o lugar é silencioso, mesmo não tendo perigos eminentes, nenhuma armadilha e nem mesmo monstros ou inimigos, mas que a maioria das pessoas não entram.
‘o que tem dentro é magia, se você possui maldade dentro de você o lugar te retribuirá com a personificação daquilo’
Sílvio raciocina rápido e diz – ‘entendo o que desejamos a outros vai nos atacar’
‘isso mesmo’ e continua Ziguan vendo que todos começam a prestar atenção no que ele diz, ‘até que não estejamos livres de nossa maldade o lugar nos joga em uma prisão criada pelos nossos próprios desejos de destruição. ’
Todos continuam caminhando, a estrada que eles seguiam não era muito diferente das estradas de terra batida, com arvores exatamente iguais as que existiam no planeta terra, pássaros voando também não eram diferentes a não ser pelas plumagens mais coloridas que chamou a atenção de Renata.
‘Um tucano vermelho?!’ Espantada ela diz.
‘E não são normais assim onde vocês moram?’ pergunta Anexilia.
‘Apenas de cores diferentes’, diz Julio, enquanto Renata continua maravilhada com a ave e se lembra com um susto ‘Meu celular!’.
Ela se lembra que ainda estava com o celular em seu bolso da calça, e rapidamente olha no aparelho com a intenção de que algo ainda funcione.
Acaba frustrada, pois o aparelho nem mesmo liga, e acaba vendo o mesmo de todos os que ainda tinham consigo o aparelho menos Danilo que faz um comentário ‘olha tem um restinho de bateria ainda, mas ta sem sinal’.
Sílvio sem pensar duas vezes comenta ‘então ta do mesmo jeito que tava na Terra’ gargalhando Danilo ainda fala ‘ pensei que aqui o sinal ia ficar bom, mancada’.
Entre sorrisos dos terráqueos os novos amigos acabam sem entender o que aconteceu, porém Lilian cai na risada, visto que ela já tinha viajado para a Terra e estudado os nossos hábitos ela ainda diz ‘vocês usam isso pra se comunicar a distancia não é mesmo?’.
Renata responde que sim, e vê Lilian mexendo em uma bolsa, retirando umas pulseiras, feitas de um material parecido com palhas e metal, entregando uma para cada um do grupo que ainda não tinha.
‘Isto é quase igual, mas não precisa de nenhum sinal’, a gargalhada ainda continua enquanto sério Ziguan para e diz - ‘Chegamos.’.

Todos neste instante olham o lugar onde não possui vegetação, apenas uma rocha, com mais de 10 metros de altura, encoberta por raízes e musgos, nenhuma arvore cresce ao redor deste lugar e mesmo quem nunca entrou pode sentir a presença diferente neste lugar.
‘Júlio, você tem que entrar sozinho, ’ fala Ziguan que vê em meio a reação dos amigos dele responde, ‘se entrarmos só vamos atrapalhar’.
Ambos começam a falar mas são repreendidos por Lilian, ‘cada pessoa que entrar ali vai dar mais energia negativa para a S, Julio tem que dominar ela’.
‘Mas que ela? Quem é esse tal de S?’ Pergunta Danilo, já intrigado com tudo, e Lilian continua ‘não é quem, é o que, na ponta da pedra, aquela espada’.
Ziguan continua, ‘aquele é seu objetivo Júlio, o que ninguém fez ainda, S é a sua espada’.
Eles se espantam, enquanto mais um pouco lhes é contado, ‘somente quem está com o amuleto igual ao de Júlio pode entrar neste lugar, se nos aproximarmos mais veremos o lugar como apenas uma ilusão’.
‘Que incrível, ’ diz Silvio, ‘que bom que é você que vai entrar Júlio, ’ dando um tapinha nas costas de seu amigo.
‘ E eu ainda chamo vocês de amigos, mas o que eu faço quando entrar?’ Pergunta ele  sem saber, e mais rápido do que pensam lhe respondem ‘ tente não morrer, e é claro, suba na rocha e retire a espada’.
Pensando no que pode acontecer Júlio segue o caminho para entrar no lugar, e no que podia acontecer e escutando as vozes de seus amigos lhe dando apoio, ele pega e toca no colar, e continua o caminho até a rocha.
Ele encosta-se a ela com receio, buscando um lugar para se apoiar para subir, ‘o lugar é escorregadio, ’ pensa consigo mesmo, enquanto começa a subir olha pra seus amigos do lado de fora, e sorri e continua a subida, cauteloso com o que poderia acontecer.
Em poucos minutos ele chega ao topo da rocha, onde a espada esta encravada, ele olha para todos e acena com um sinal positivo, ele percebe o tom rústico da lâmina encravada que se assemelha com a letra S, vê que ela possui um pedaço faltando e sente o amuleto a se aquecer em seu peito.
Lentamente ele retira o amuleto e então, encaixa ao lado da lamina próximo a bainha.
A espada brilha e ele a puxa do lugar.
                                                            

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